CHEFE DO TERREIRO

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MÃE CRISTIANE DE OLIVEIRA

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domingo, 30 de maio de 2010

ORIXÁS DA UMBANDA

Ah papai, gostei da Umbanda. Quando eu crescer mais um pouco eu quero ir pra gira com você, mas eu quero a minha faixa cor-de-rosa.

Calma filha, não é bem assim. Não escolhemos as cores que queremos. Cada cor representa um Orixá com o qual temos maior sintonia. O verde representa Oxóssi, o vermelho Ogum, o marrom Xangô, o amarelo Oxum, o laranja Iansã o azul Iemanjá e o branco Oxalá. Essas são as sete linhas da Umbanda praticadas no Terreiro[...].



O que é Orixá?


Orixá não é nem nunca foi uma pessoa, são vibrações da natureza. Os animais e as matas verdes de Oxossi, o ferro e o fogo de Ogum, as pedras de Xangô, as águas dos rios de Oxum, os ventos e tempestades de Iansã e os mares e oceanos de Iemanjá.

Mas e Oxalá? Ele não representa nenhuma vibração da
natureza?

Oxalá são todas as energias juntas. Existe uma experiência que podemos fazer juntos. Chama-se “disco de Newton”. Pegue um papel e faça um círculo dividido em seis partes, como se fosse uma pizza. Pinte cada uma das “fatias” com uma das seis cores, agora faça um furinho bem no meio e coloque um lápis para servir de eixo. Agora é só girar o disco. O que aconteceu?

As cores sumiram... ficou tudo branco!


Viu só? Oxalá é união de todas as vibrações.


Então Oxalá é mais importante do que os outros Orixás?


Não. Todos são igualmente importantes, suas
diferenças estão apenas na natureza de sua vibração, mas sem uma dessas energias, nenhuma estará completa.

Mas porque que no Terreiro tem imagens de Santos? Se os
Orixás são apenas vibrações, não é verdade que não precisaria de nenhuma imagem?

Sim, é verdade. Na Umbanda existe o “sincretismo
religioso”.

Sincre o que?


Sincretismo religioso. O Sincretismo religioso
começou com a chegada dos escravos ao Brasil. Os escravos já praticavam o culto aos Orixás lá na África, em seus países de origem. Quando vieram ao Brasil, quiseram continuar com seu culto, mas aqui a religião
dos senhores de engenho era o catolicismo e eles não permitiam que houvesse outro tipo de religião diferente da deles. Os escravos, muito espertos, escolheram um Santo católico para cada Orixá, assim quando eles estivessem rezando aos seus Orixás, os senhores de engenho viam apenas eles rezando aos Santos da Igreja Católica e assim conseguiram continuar cultuando os Orixás. Oxóssi é São Sebastião, São Jorge é Ogum, Xangô é São Jerônimo, Oxum é Nossa Senhora da Conceição, Iansã é Santa Bárbara, Nossa Senhora é Iemanjá e Oxalá é Jesus Cristo.

Entendi... Então cada imagem representa uma vibração, um
Orixá. Mas eu vi que no altar tem outras imagens, de índios, de negros...

Na umbanda não chamamos de altar, chamamos de
Congá. Essas outras imagens que estão no Congá, são de entidades que trabalham no terreiro. Entidades são espíritos de pessoas que viveram na terra. São espíritos de Índios, os Caboclos e Caboclas; de Pretos e Pretas-Velhas, que foram escravos e de crianças, os Erês. Esses três grupos representam o triângulo de base da Umbanda: a força dos Caboclos, a sabedoria dos Pretos-Velhos e a inocência das Crianças. Existem outras entidades, os Exus e as Pomba-Giras, os Marinheiros, os Boiadeiros, os Baianos, os Ciganos, a Linha do Oriente entre outras. Assim como nós, cada uma dessas entidades também está em evolução, trabalhando com caridade, para a paz e para o amor. Essa é a essência da Umbanda: paz, amor e caridade.

Me explica mais sobre as entidades...


Continua na próxima postagem OS CABOCLOS.

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